Eu era uma ativista, que, em 1982, lutava -em conjunto com vários outros-, pela proibição de testes de medicamentos contra o câncer em animais no estado de São Paulo e futuramente no Estado brasileiro.
Após três anos de inscessantes passeatas e abaixos-assinados, ganhamos a causa, que julgavamos nobre.
Em 1990 dei à luz a Sophia que nasceu, aparentemente, saudável. Contudo aos sete anos foi detectado nela um tumor no intestino. Eu e meu marido, fizemos todos os tratamentos possíveis para curá-la.
Mas os esforços foram todos inúteis. A qualquer médico que focemos, todos diziam que as pesquisas contra tinham sido interrompidas após 1985 e por isso davam como perdido o caso de Sophia.
Entrei com recursos e mais recursos na justiça, todavia foram negados e ainda me acusavam de ser culpada dessa tragédia que rondava minha filha.
Até que conheci um cientista diposto a achar a cura caso eu financiasse suas pesquisas e, como toda mãe, eu aceitei.
Não obstante, após dois difíceis e longos anos um cientista, por mim afetado em 1985, delatou-nos -a mim, ao meu marido e ao cientista, que nos ajudava-, para o CONCEA, pois usávamos animais para tais testes e como punição fecharam o laboratório, destruíram os dados da pesquisa e prederam a todos nós envolvidos.
Em menos de três meses Sophia faleceu, meu marido, Arthur Duarte, suicidou-se e em sua carta de despedida culpava a mim e a si mesmo pela fatalidade ocorrida, o cientista, Marcelo da Silva Oliveira, perdeu o direto de exercer sua profissão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário